segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Não Mais

Não vai acontecer, não dessa vez. Talvez você seja a azarona da fila ou a sortuda, só o tempo dirá. 
Já não cabe mais ser o copo d'água que mata a sede na madrugada; o aperitivo antes da ceia; a saideira no bar. Não dá mais pra ser o descarte na mesa, o “bom dia” sem certeza ou o peão que vai antes do xeque-mate. Todas essas coisas já não são mais para mim. 
Quero ser a fonte que brota dia e noite, que lava, que limpa, que traz a vida. Quero ser prato principal que se espera com ansiedade, se prepara com esmero e que tem um segredo que ninguém pode saber. Não o último o gole, mas o motivo de se chegar e ficar. Quero ser o royal flush certeiro no seu all in. O abraço que abraça a alma e que faz flutuar. Quero ser o bispo, o cavalo, o rei, tanto faz, só sei que no golpe final eu quero viver.
Você sempre soube e eu sempre disse: sou uma vela num quarto escuro. Ilumino e aqueço, mas... Não posso durar para sempre.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Você, uma verdade latente dentro dos meus sonhos.

Tive medo. Daqueles bobos e sem sentido que nos chegam do nada. Eu confessei meu medo infantil com a maior vergonha do mundo pra você, recebi em troca doçura e descobri que coisas ruins acontecem com pessoas boas. 

Eu cri, fechei meus olhos e dormi. 

Foi um sonho comum, banal, tão sem pretensões que poderia ter desaparecido logo após eu acordar. Mas você estava lá. Se eu disser que sonhei com você estarei mentindo; não te via, não te ouvia e sequer te toquei, porém o tempo todo eu te senti.
Soube naquele momento que o que fazia um sonho bobo ser um sonho tão bom era você, uma verdade latente dentro dos meus sonhos.

Depois de sonhar e ter medo, escrevi pra registrar que foi só uma nuvem que passou. E que se coisas ruins realmente acontecem com pessoas boas, coisas boas também.