sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Soneto à Leandro de Oliveira

De caminhar leve, como uma folha que navega livre ao vento;
A certeza do homem com o carisma do menino.
Mãos que fazem a poesia ganhar vida e movimento,
O riso solto que alegra o mais triste peregrino

Lembra o pai. Que já não está, mas ainda brilha num mundo preto e branco.
Ama a canção que gira em seus dedos e brilha com sua voz.
A mulher caminha ao seu lado e sem ela seria um manco,
Que sem rumo não teria paixão para cuidar de todos nós.

Vá meu irmão, brilhe como a estrela e que nos aquece em paz
Faça canção e poesia como não se viu jamais
E com meu canto sereno eu vou acompanhar você.

Cada um da aquilo que, seja saúde, dinheiro ou alegria
Faltam-me as posses para lhe encher de bens
Por isso hoje, meu amigo, eu lhe entrego minha poesia.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Soneto à Terra, aos Olhos e ao Sorriso

Queria falar sobre Gaia, sobre as rochas, sobre a terra
Mas tudo isso me escapa pela mão como as areias do tempo
Minha palavra agora hesitante e falha, erra
E sigo perdendo os versos num ligeiro contratempo

Pensei em falar sobre as cores, sobre céu, sobre a luz
Mas seus olhos turvos me desviaram do caminho
E como a fumaça que envolve, porém não se deixa deter
Gastei todas as forças em busca de um carinho

Vim falar de um sorriso... E esse sim me deu todos os versos
E abriu em mim caminhos diversos
Que me fez dizer aquilo que me faz encantar

Sorriso que inunda, encanta e alivia
Que versa versos a revelia
Me leva sempre a paz onde quero estar

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Nada de Nada

Sob umbrais de vidro ela me fitou com um longo olhar cheio de melancolia.
Minha alma se despedaçou, mas me mantive sorrindo, porque só posso ficar contente se ela também estiver.
é a mistura perfeita entre a menina-mulher e um moleque travesso.
A porta se fecha e eu imagino seus olhos derramando todo o verde deles e pintando o chão com um sorriso sem cor.
Te alegra menina e enche o mundo de piada e de amor.
Abraça seu melhor amigo como num ultimo romance do mais belo escritor.
E não me deixe em paz; nunca me deixe em paz, parce tu sais rien du rien.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O Jogo

Tem dias que são assim: o peso é tanto que você se fecha.
A canção não consegue escapar pela boca
E a poesia fica presa entre os dedos curvos
O olhar se perde no infinito do mar

Tem dias que a competição é tão forte
Que as pernas estão exaustas antes mesmo da largada
Os braços repousam ao longo do corpo antes do primeiro soco
O arco quebra, logo após o primeiro tiro de flecha

Mas é em vão, tudo isso se torna em vão
Quando as regras são quebradas e os parâmetros são perdidos
Não se pode vencer um jogo onde só se pode perder pontos
Nunca se chega ao ponto final se a virgula esta no lugar errado.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Rosa

Sobrenome de flor
Deitando seu corpo sobre a areia quente
Seu sorriso me faz pensar que o mar não tem fim
A voz e a simpatia que encantam, numa noite onde tudo fica novo...

De novo

Seus lábios clamam por um lugar quentinho
E eu, morena, perco meus braços em seus abraços
E esqueço que a noite vai e o dia vem
Estou sorrindo e você também

Agora

Eu me lembro de puxar assunto e sorrir como um bobo
Você sorri de volta, mas não diz o que pensa
E num guarda-chuva velho eu levei um fora
Pra num sofá de couro beijar você

E também

Ninguém pode se furtar de ser humilde
A gratidão é o maior sentimento, maior que o amor
Obrigado por suportar a pessoa mais chata do mundo, eu
E ainda manter um olhar de ternura para um pobre rapaz

Te encontro, assim que o sol e o sono não nos impedirem.