As janelas são grandes, elas são amplas na verdade,
Castanho-escuras como a imbunha virgem
A luz entra sem problema, espalhando-se por todo canto
Mas nada passa. Tudo continua fechado.
Há muito espaço aqui, para estantes, sofás e poltronas.
Cabem mesas, cadeiras e armários. toda sorte de móveis
Tudo, em cada detalhe, é decorado, bonito e harmonioso
Mas não há nada aqui, nem ninguém
As portas são duas grandes folhas de madeira maciça
Maçanetas de bronze adornam a estrutura, mas não se movem.
Você pode bater, chamar, querer, conversar
Ela não se abre. Ela não quer abrir.
De que vale tanta beleza para ninguém?
Tanto espaço, tanta pompa e nem uma voz para se ouvir.
Talvez as chaves estejam embaixo do tapete, para quem procurar
Ou próximo a um copo de cerveja, numa mesa de bar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário