domingo, 23 de janeiro de 2011

Santa Clara

É verdade... Isso tudo que você me diz soa como uma forma irônica de me amar. Eu vou caminhando por essas ruas já escuras e geladas; fico tentando encontrar um nexo nesse bolo de palavras confusas que você sempre diz: “liberdade”; “futuro”; “paz”. Isso tudo significa algo de verdade?
Se eu desse quarenta dias pra sonhar comigo, pra sonhar sobre nós, seriam essas as palavras chave? Qual é, sei bem que você pensa que sou eu o cara quem vai te resgatar desse turbilhão chamado vida. Mas eu não ligo se você vai me confundir com algum príncipe encantado num cavalo branco. Não ligo se você prometer que ficaremos juntos no verão se depois eu pude aproveitar o inverno do jeito que bem entender.
Quando eu digo “oi” você faz aquela cara de quem não gosta, mas quando fico perseguindo seu olhar no meio da multidão você sorri e fica corada. Vai ser nosso segredo, não conto pra ninguém que você é doidinha por mim. Só peço que tenha cuidado, pois quando eu disser “bie bie” vai ser de vez, pra sempre.
Mas o que eu posso dizer de você? Com todo certeza hoje eu sei: você é minha Santa Clara, que clareou tudo que parecia embaçado. Se eu te contar um segredo, promete não contar pra ninguém?

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