- leia esse livro você vai gostar.
- por que esse? Algum motivo especial?
- ele é bem diferente de você. Vai adorar o confronto.
Na verdade ele não queria que o confronto existisse, na verdade ele queria (de um modo discreto) mostrar como ele estava vivendo e quem era ele.
Ele nunca quis deixar de fazer parte de sua vida. Ela era ainda linda, digna de todo respeito e carinho, mas ela estava longe... Muito longe. Ela ainda lembrava em detalhes dos cachos, do sorriso, do jeito tímido de lidar com o desejo e a sexualidade. Lembra do companheirismo e de todos os grandes tratados. Da risada. E os pequenos olhos que foi a primeira coisa que lhe chamou a atenção.
- não há conflito... Eu quero você de volta pra mim.
- você sabe que isso não é possível. Era mos muito jovens... Não sabíamos direito o que estávamos fazendo.
- eu era um idiota e você também, essa é a verdade. Você usava desculpas evasivas e eu criava um escudo com uma dor ancestral.
- talvez as coisas não sejam exatamente assim.
-talvez você não tenha aceitado a realidade. Essa é a verdade das coisas.
O “silêncio” que se fez era torturante. Como colocar agulhas entre as unhas. Eles ainda tinham um apreço imenso um pelo outro, mas já não era mais amor.
O amor havia lutado. Resistido a cada ferida que era feita a cada instante. Dores e valores que não cabiam naquele amor acabaram o matando pouco a pouco...
- bom... Leia o livro. Ele sabia que aquele era o único jeito dela estar ligada a sua nova vida.
- não vai mesmo me dar os detalhes?
O tom da conversa mudara repentinamente. A leveza reencontrou neles um lugar para morar. É como se eles se amassem novamente. Pensaram: “por que não deixar as coisas assim?”
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