Eu vivo de contar histórias. Quase nunca as minhas histórias, quase sempre histórias emprestadas de amigos, passantes e ilustres desconhecidos.
Viver desse oficio não é nada simples quanto parece. Você vê uma crônica, um conto e até um romance prontos e parece que eles brotaram assim. Mas não. É preciso tempo, suor e inspiração. É preciso ter um par de olhos que vá além da superfície; é preciso ter uma alma que saiba mergulhar ( e não tenha medo de se afogar).
Se você tiver medo de nadar para o fundo vai viver numa mediocridade confortável, num prazer supérfluo e amargo. Se escolher mergulhar mais fundo vai ter tudo. Essa é a verdade: todas as coisas, boas e más, estão ocultas nas profundezas. Os olhos vivos de uma criança e a morte de um pai. O amor ternamente correspondido e a dor da nudez humilhante. Todas as coisas estão ocultos no fundo de um rio chamado vida.
Eu vivo de contar histórias e essas histórias que crio, criam a história que eu quero viver.
Ué? E o cinesystem? Como que fica?
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