sexta-feira, 29 de abril de 2011

Torrentes

Caveiras aladas saem de seus ombros e voam para os seus seios. Você sorri.
Uma gueixa dissimula um olhar de sedução ao seu lado. Quem sorri sou eu.
O que sobe por suas pernas não posso descrever com palavras puras. Nós sorrimos.
Não há inspiração que resista a boa e velha madrugada criativa. Ninguém sorri.

Tez alva e sorriso limpo como de uma jovem criança que acaba de nascer.
Voz forte a melodiosa como uma mulher que luta e sabe por que luta.
O que desce por sua garganta é o que a criança não pode provar.
O que sobe por suas pernas é o que a mulher em ti domina e comanda.

Lábios rosados e olhos castanhos. Quem me prendeu nessas correntes?
Caras e bocas em idas e vindas. Os grilhões caem e sigo em direção ao rio.
Não me atiro em calmaria ou paz, me atiro nos braços de torrentes.

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