sexta-feira, 8 de abril de 2011

Um Dia Desses

É triste ir passando pelas ruas
Olhando de janela em janela
E ir vendo um povo que se dá
Só de quando em vez

Ama um cadinho aqui outro acolá e depois some
Faz uma jura de amor a cada ciclo do olho branco no céu
E sempre nega que tá caidinho de amor
Pela mulata que passa a balançar

Olha essa flor, olha esse mar, olha essa morena
Olha pra ela e diz: “assim morena, eu posso até me acostumar;
Com esse chamego todo eu me acostumo, mal, mas me acostumo”.

Deixa de ser João-de-barro viúvo sai dessa toca e fala praquela passarinha de coxa grossa:
“vem comigo voar pro meu sertão e você vai ver queda d água; calango, pé de palma e mansão de pau-a-pique.”

E depois disso você vai ver o que é bom
Sair de fininho à noite pra ver estrelas; ir pro cinema de mãos dada;
Beijar na chuva e sorrir toda vez que ver aquele sorriso frutacor.

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