sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Dois Anos Depois

Eu sempre a amei, de uma forma diferente, como amei duas ou três pessoas minha vida toda. È interessante você olhar para trás e perceber como as coisas aconteceram, como elas se desenvolveram. Era uma conversa simples no bar, depois algumas ligações perdidas conseguimos nos encontrar e ela vinha com o sorriso cheio de novidades. Não perdera em nada seu jeito agitado de ser, é isso que a Cidade grande faz com você te acelera e nem de mostra onde fica o freio.
Conversamos por horas, ela me contou todas as novidades. Com um sorriso do tamanho do universo recebi a noticia de como uma jovem graduando se transformou em uma “maestra” e numa linda flor que ensina redação. Como aquela menina que parecia tão frágil se transformou numa mulher maravilhosa. Até de como o amor existe e pode ser encontrado na simplicidade de um piano e um violão.

Hoje estou aqui, meus óculos espelhados não me impedem de ver minha Moreninha, tão doce quanto o livro, correr pela relva verdejante. Com cabelos jogados e vivos como os da mãe ela corre atrás dos pássaros e conversa com as flores. Ao meu lado meu jovem Chico, que contemplando seu reflexo nos meus óculos pergunta: “Tio, por que seu nome é igual o do papai?” Só me resta sorrir e afagar-lhe os cabelos rebeldes.

Ao longe surge minha profecia: uma linda bicicleta dupla, azul e amarela. E como se estivesse guiando um pegasus ela vem sorrindo altiva, feliz, plena. Mesmo com o passar do tempo ela continuava linda, agora com um olhar maduro e ao mesmo tempo sereno. A correria da Cidade ainda era evidente em seus olhos, mas depois de tantas teses, livros e palestras todo mundo tem que desacelerar.

E o tempo passou, um texto nasceu e no meu coração sempre houve a certeza que tudo daria certo. E como uma vez, em sonho, te escrevi, novamente repito: Dancemos!

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