quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Bodas de Papelão

Eu sei bem que esse amor de quinta não vai longe
Eu estou sempre alheio e você sempre muito ocupada
Tu passas pelo mundo como uma corredora e eu como um monge
Mas isso tudo me lembra uma canção que já foi cantada

É bom lembrar o encontro inesperado marcado sobre o tédio
A aula que foi morta sem nenhuma discrição
O sorriso da criança que pra mim foi um remédio
E a avenida que era pequena pra toda nossa ação

Destino incerto, ônibus errado e falta da passagem
Conceitos refeitos, idéias transformadas e mesma mochila da sexta série
Mudança de planos, novos caminhos e um empréstimo; que sacanagem

O lábio marcado, o sorriso no rosto e a surpresa do fato
O desejo de estar, o desejo de voar, a liberdade pra sonhar
Mas não vamos falar disso, é nosso aniversário, não quero ser chato

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