quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O Eterno (ou Letreiro Velho)

Eu tenho um amigo. Ele vende livros, não; não sei, mas eu sempre tenho a impressão de que ele é um livreiro. Não vou falar dele por conta dos livros que ele vende, ou venderá, mas por que ele crê numa mesma coisa que eu creio: a eternidade.

Não vamos nos prender a conceitos religiosos de vida após a morte, céu e inferno, enfin não é da eternidade da alma que vamos falar.

Na realidade ele crê é na eternidade dos momentos, das pessoas, da vida! É tão fascinante ver como ele não é nenhum pouco preso ao tempo: não tem relógio (nem no celular); pergunta as horas só se for pra alguma coisa muito importante.  Ele não tem tempo de definição, nunca será dele a frase: “você tem até 30 anos para definir a sua vida.” Coisa que outro grande amigo meu defende. E por não ter tempo, como se tudo fosse eterno, ele ama as pessoas no agora.

Não é preciso compartilhar grandes segredos, ou ter que vivido momentos épicos, ele te ama e pronto, pois o tempo de amar é agora.

Precisava mesmo falar desse amigo. Sabe, por acreditar na eternidade tu serás eterno. Serás eterno em cada letreiro velho que for pendurado numa loja de livros. Serás eterno em cada roda de violão que acontecer num fim de tarde, tocando hermanos ou não. Serás eterno em cada “criatura preta”, por que é só você que me chama assim e é assim que eu permito que seja.

E se você sumir, de novo, ou beber até ficar burro como só você sabe fazer, serás eterno, pois o que é eterno não passa!

Muito obrigado. Foi você, a mais um alguém, que encabeçou um movimento no meu coração, chamado: Amor. Para mim o seu orbe brilha como o sol e é bem maior que Júpiter. Prossiga nos iluminando e sendo iluminado, pois do és sábio, mesmo que não saiba. Abraços.

Um comentário: