sábado, 23 de outubro de 2010

Soneto Inspirado

Quem é você, que carrega um “quê” de melancolia, mas mesmo assim me encanta?
De onde vem esse cheiro de morango que faz sentir saudade e aperta o coração?
O que é isso que me deixa sem jeito, com sorriso estreito e ao mesmo tempo me espanta?
Pra onde vai esse caminho oculto, por hora de incertezas, que eleva minha canção?

Sobrou a duna, os textos, as cifras o violão jogado e o sorriso largo.
Falta saber dos medos e das risadas, dos acertos e das aspirações.
Tem ainda um restinho de vinho tinto da noite passada, se você quiser eu trago.
Os filmes pensantes e românticos ainda vão abrir caminhos para muitas emoções.

E nessa hora que parece que você pensa em mim, eu escrevo pra você
Mas pode um poema ser distante, não romântico e imparcial?
Acho que não, mas não sou eu quem define o final.

Tem dias que é complicado rimar, quem vai nos aquecer?
Se um dia me perguntarem quem me inspirou a escrever
Vou esconder seu nome, mas não vou te esquecer.

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